Ataques cibernéticos na indústria: como garantir a segurança dos sistemas de automação

Que a automação industrial revolucionou a forma como as empresas fabricam produtos e gerenciam processos não é novidade para ninguém.

No entanto, à medida que os sistemas se tornam mais interconectados e sofisticados, os desafios relacionados à cibersegurança também aumentam.

O crescimento de ataques cibernéticos a plantas industriais evidencia a necessidade de que os sistemas de automação estejam em conformidade com regulações rigorosas de segurança digital.

Os sistemas modernos de automação industrial integram sensores, atuadores, sistemas de controle, servidores e redes de comunicação, tornando as operações mais eficientes, mas também criando pontos vulneráveis a ataques hackers.

Para garantir a segurança das Tecnologias Operacionais (OT), é fundamental adotar uma abordagem proativa e contar com especialistas e parceiros especializados que assegurem a proteção das operações.

A adoção de estratégias de mitigação de riscos é indispensável, realizada em conjunto com as equipes internas de segurança da informação, para garantir uma proteção completa, incluindo serviços como:

• Identificação de riscos e desenvolvimento de conceito de segurança;
• Monitoramento constante de vulnerabilidades dos sistemas;
• Monitoramento de condições dos sistemas;
• Desenvolvimento e atualizações frequentes de patches de segurança;
• Atualizações frequentes de firmware dos dispositivos;
• Configuração e manutenção adequadas de firewall;
• Implantação de rotinas de backup e ferramentas de restauração.

Nesse contexto, é fundamental que os fornecedores de software estejam alinhados às normativas internacionais, como a IEC 62443, que estabelece padrões de cibersegurança específicos para automação industrial.

A cibersegurança não é mais um diferencial, mas sim um requisito essencial para a continuidade operacional na indústria.

Empresas que investem em segurança cibernética não apenas protegem seus processos, mas também garantem a conformidade regulatória e a confiança do mercado. 

* Daniel Pereira é gerente global de produtos QCS da Voith Paper